INSIPIENTE

Músico sem música,

Poeta sem poesia,

Artista sem arte,

Nada!Nada!Nada!

Refém da inspiração sem pátria, sem colo, mero mortal que veste a mortalha horrenda do cotidiano, calabouço de seu último suspiro.

Entendei meu sublime gesto atroz:

Destilar imagens, graça e som puro;

Digna de escárnio, leigo, santo, duro

A Gente sem olhos, povo sem voz.