Inesperado
Eu deixei de
fumar e de
beber tanto e de
escrever compulsivamente.
Eu deixei as mentiras para
lá e as verdades
também.
Eu agora uso
barba e cabelos
vastos e olhos
não mais tão frios.
Eu deixei o vinho e seu
gosto cinza e a cerveja e sua
melancolia.
Eu não mais vejo
prazer em montar uma pequena
qualquer cuja vida é
tristeza ardida.
Eu não vejo mais
prazer em escarrar e esbofetear
um sujeito cuja mesquinhice só é superada pela
minha.
Eu deixei de ser
eu.
E eu deixei
de tentar
deixar de
te amar
por que o
faço
todos
os dias, mesmo nos braços
doutra,
desde de que
existo.
Meu sincero aviso, é este aqui:
Tentei deixar.Não deixei.