Riqueza?


Dracenas? Centenas!
Espécies pequenas
Nem por isso, menos intensas...
Eu? Plural!
Igual? Nunca ninguém...
Lá na frente
Sobrevivente
Somas triplas
Restos de tripas
Organismos inerentes.
Alguém morreu?
Fome, sede, tristeza, frio, descaso?
Vai e vem, recompensas!
Dente por dente
Caindo boca adentro
Entre falhas do paladar amargo...
Banguela desnudo da notícia
A leitura que mais sabe
É um anúncio de política!
Banguela roedor da ilusão
Pensa com o estômago
O único orgão que pesa alguma decisão!
Dracenas? Centenas!
Nós? Dificuldades individuais...
E lá, bem lá, lá distante
Mais um corrupto filho da puta
Comendo e bebendo
Sentados à mesa
Com todos os dentes
Com os talheres e charutos,
Um sorriso com parafuso
E umas outras parafernálias do abuso,
Ignorando a medida justa
Sabendo bem o quanto custa
Toda a imundícia do luxo!!!



Cristina Jordano
Enviado por Cristina Jordano em 16/07/2011
Reeditado em 17/07/2011
Código do texto: T3099696
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