Eu sou um bobo muito louco.
Não sou anjo.
Não, eu nunca fui anjo e também nunca fui um demônio.
Sou apenas um poeta que carrega na alma a sombra do diabo e a luz divina dos anjos sagrados.
Não, eu não sou um vampiro, embora adore ficar entocado a noite escrevendo, imaginando e me protegendo da luz falsa da noite.
Não, eu não sou mal, embora também não seja sempre uma pessoa boa.
Eu me contento apenas em não fazer mal para qualquer pessoa além de mim mesmo.
Sim, eu faço poesias para mim mesmo.
Eu declamo amores que não existem.
E eu viajo loucamente pela imaginação.
E eu falo de tristeza e solidão enquanto o mundo sorri.
Sim, eu sou um bobo.
Muito bobo.
Sou ingênuo.
E eu sou louco, muito louco e muito bobo.
E eu sempre acho que sei pouco.
Sim, eu sou alguém que ainda se frusta com a problemática social e política.
Ah, eu sou um bobo, que ainda escreve poesia, quando na verdade ninguém mais liga para essa pobre defunta chamada literatura.