Desafio feito ao amigo poeta Bosco Esmeraldo que respondeu de pronto, mostrando estar bem afinado... quer entrar?
NASSER QUEIROGA
BOSCO ESMERALDO
NASSER QUEIROGA
BOSCO ESMERALDO
NASSER QUEIROGA
BOSCO ESMERALDO
NASSER QUEIROGA
BOSCO ESMERALDO
NASSER QUEIROGA
BOSCO ESMERALDO
NASSER QUEIROGA
NASSER QUEIROGA
Vou tentar fazer uma parceria intercalada.
NUM ABSURDISMO ESTRAGANTE
Revelador de memórias
Que num momento cortante
Esqueci a toda hora
Olvidando o lembrar
Do que não foi um instante!
Com uma lima especial
Tentei os neurônios polir
Eu sou um cara normal
O mal pensar repelir
Quero é me divertir
Não posso ser anormal.
NASSER QUEIROGA
Perna de pau de carnaúba
Debaixo da mesa assentada
Tamborete de forró
Frouxo, mas sempre apertado
Usado de forma nova
Na velha linha marcada
BOSCO ESMERALDO
Perna mecânica de grilo
Pra ninguém botar defeito
Um "Rayban" para esquilo
Suborno para o malfeito
Que desfaz de qualquer jeito
O lundu do querogrilo.
NASSER QUEIROGA
Palito de picolé
Chupado até o bagaço
Sinto cheiro de churrasco
Dum pé fresco de preá
Num lambuzar todo seco
Que se brincar leva um aperto!
BOSCO ESMERALDO
Chupando até o bagaço
O poste de iluminação
Fazendo de cobra, laço
Faz do silêncio a canção
Que acalenta o coração
E curar racha em cachaço.
NASSER QUEIROGA
Porca aperta parafuso
Mas afrouxa pra um barrão
Cabine de caminhão
Quase sempre tem mulher
Coceira doida em meu pé
Gostoso! Quer vim cocar?
BOSCO ESMERALDO
Porca aperta parafuso
E dá cria até de prego
Fiquei um pouco confuso
Ao desafio me entrego
Em boa causa me integro
Distono no horário-fuso.
NASSER QUEIROGA
Inda vou tomar café
Mascando rolete de cana
A danada da cigana
Enganou-me em ler a mão
Se não quiser confusão
E só vim desafiar
BOSCO ESMERALDO
Café gelado, bem quente
Congelado a ferro em brasa
Uma água em pó, bem fervente
Pra refrescar, sobre a asa
Cama, comida e casa
Pro noivo e também pra gente...
NASSER QUEIROGA
Só no peito um beijo
Meu Deus... me deixa eu dar!
A flecha do teu olhar
No nervo é alvoroço
Só pelo cheiro da moça
Vou tomar maracujá
Bela interação do meu amigo poeta
Fernando Cyrino *
Tatarana é um bicho feio
Que queima que nem a brasa.
Um burro solto sem arreio,
Dá coice que a tudo arrasa.
Urro do trovão dá aperreio
Me escondo dentro de casa.
Obrigado, amigo Fernando.
...