CAMISA DE VÊNUS – subjugação do amor

Em meu devaneio

infantil/mórbido

usava camisa de força

braços amarrados para trás

sem poder gesticular,

com a loucura

em tecido me abraçando.

AMOR SUBJUGADO.

Como libertar

a alma

e meu membro

da Camisa de Vênus?

gozo retido.

Sem deixar

da outra carne

sentir o prazer

e no outro corpo

aspergir o sêmen?

Orvalho assim

que só umedece

sem fertilizar a terra.

Eu queria a chuva

que fecunda e faz florescer.

Strictus corpus.

L.L. Bcena, 03/03/2011

POEMA 295 – CADERNO: CHEGADA NO PORTO.

Leonardo Lisbôa
Enviado por Leonardo Lisbôa em 08/07/2011
Código do texto: T3083065
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