Ao deposito de esqueletos
Tenho a impressão de ter nestes ossos
algo quase quebrado, querendo quebrar
ou é só eu mesmo que não estou inteiro?
Meu esqueleto é somente os destroços
que algum cão errante ainda irá catar
quando estiver lido todo meu roteiro!
Reviro meu braço para fora de seu eixo
Deus meu! Como é que assim me deixo?
estava com o osso partido e nem mesmo sabia
onde estavam meus nervos naquele misero dia
em que meus ossos não suportaram o impacto
da dureza de aguentar pesado fardo do tacto
O que é a carne, senão a coberta para o esqueleto?
tú merecias mais que esta poesia, talvez um soneto
depois da morte,és verdadeiramente o que nos fica
dentro de tua cova, na materia organica mais rica
Ès tambêm quem nos assombra a vida
como se tivesse achado uma boa saida
para o fardo que tua morte representa
quando o corpo, da alma se aposenta
o vibrar biologico jamais se acalenta
Tù, esqueleto, continua constante e sorrindo
enfrentas a pòs-vida da mais sublime maneira
achando toda minha desgraça, meu medo, lindo
a tentar para sempre fugir da horrenda caveira!