Dama da Noite
Não sou tua,
Não sou de ninguém,
Sou a dama da noite,
Liberada,
Acatada,
Não tenho hora marcada, nem agenda riscada,
Sou o chão do ártico,Sou um pórtico em Champs-Elysées,
Meu corpo não precisa desencarnar-se em você,
Nem em cálices,
Nem no sono mal dormido,
Basta um macho com sêmen,
Com sede,
Um macho no cio que saiba afogar-se em mim,
Que monte neste corpo aberto,
E em meio ao meu Saara,
Sinta na cópula o silêncio dos mortais.