EU, VOCÊ E ELA.

A Lâmpada mágica,
Na prateleira esquecida,
Foi encontrada.
Limpei, esfreguei, nada...

Não se liberou dela
Aquele que atende,
Satisfaz os íntimos desejos.
Insistente, esfreguei mais, beijei, nada...

Abri a tampa da lâmpada.
Queria ver você lá dentro.
Encontrei duas balas de mel,
Uma vermelha outra verde.
Cada uma delas, sem parar,
Docemente dizia:
“- Pare! Pare! Pare! ...”
“- Siga! Siga! Siga!...”
Assustada, aturdida e estática,
Fiquei amarela; fechei a tampa.
Pedi que a embrulhassem com lindo papel.
Paguei o preço justo.
No futuro – quem sabe? –
Eu a enviarei de presente ao meu gênio.

Goiás Velho, 24/11/2006.