Não convém contrariar!
Descartando todas as possibilidades...
Apagando passado... e presente...
Disfarçando riscos... e rachaduras...
Argumento fraco... tão insuficiente...
Qual a aranha... tecendo sua negra teia...
Para ali se proteger... quiçá disfarçar...
O que não pode, não quer mais calar...
Vaga o peito... a alma está a vagar...
A visão turvou na tempestade de areia,
A ave fantasia... perdeu suas asas...
Os duendes do mal...acercaram-se...
Espantando os mágicos e as fadas...
Céu escuro, vento uivante, redemoinhos,
Não há como o mar em fúria, acalmar...
É deixar o navio... sem conter o leme...
E aceitar a vida para sempre se apagar...
Mas do que está falando a poeta?...
Talvez tenha perdido o tino, está a delirar!
Reticências... mistérios... loucuras...
Dela, só sabe ela, não convém contrariar!
Mary Trujillo
30.10.2006
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