DESVAIRADA
Isto foi destino
Ou loucura
Ou desculpa
Para pura insensatez.
Destino existe?
Fatalismo.
Um lado de mim crê,
O outro condena
E o terceiro não aceita.
Loucura existe.
Foi ela quem me tomou?
Fez-me sofrer.
Machucou a quem amei.
Deu oportunidade
A quem disto soube aproveitar.
De um jeito ou outro
Foi insensatez.
Puro desatino.
Qual o lucro?
Experiência.
Vivência.
Maturidade.
Qual o prejuízo?
Dor.
Tristeza.
Mazelas.
Sem desculpas.
É a vida.
Esta coisa doida.
Cheia de riscos.
...há de haver um propósito.
À toa não foi.
Sigo em frente.
Quero degustar a desvairada.
Viver é assim.
Assaz,
a VIDA.
L.L. Bcena, 24/08/2010
POEMA 230 – CADERNO: CHEGADA NO PORTO.