Dor, dor e mais dor.
Vento entrelaçado em meu pensamento.
Poeira nos meus olhos.
Neve no meu sonhar.
Para onde eu devo olhar?
Por que tenho tanta dificuldade de amar?
Será assim tão difícil ser feliz?
Por que nada a meu coração satisfaz?
Por que nada supri essa falta de carinho?
Coração grita por socorro no morro da minha saudade.
E eu não tenho nenhuma vaidade.
Não, eu não tenho vaidade.
E eu nada tenho além de um desejo nascido na fronteira do abismo de um mundo sem coração.
Eu sou um vulcão em erupção.
Minha vida é só dor jorrada em vão.
Sou alguém com tristeza no coração.
Eu sou só alguém voando pelo mundo da solidão.
Nada vejo e nada sinto além dessa agonia que me transpassa a carne e chega até minha alma.
Ventanias se entrelaçam em meus pensamentos.
Serei eu apenas tormento?
A onde eu vou eu derrapo no tempo.
Eu sou apenas o fermento.
O fermento de uma dor no peito sempre presente.
O fermento de uma tristeza jamais ausente.
Porque eu sou fruto de um mundo doente.
Sou filho de um mundo louco e doente.