Passeio no Inferno
Me vejo numa terra estranha
De cor rubra, apavorante
Cenário de aparência medonha,
Avisto um monte distante
Caminho mas não reconheço
O lugar em que me encontro
“É o inferno”, eu estremeço,
Ao ouvir o falar de um monstro
“Guio-te” ele bradou
E me disse para onde seguir
Para o monte ele apontou
Então começou a sorrir
Eu segui, amedrontado
Via chamas ao meu redor
O monstro ia ao meu lado
De enxofre era seu odor
Um rio de sangue eu vejo
E dele outro monstro se erige
Ele diz “Em sangue velejo,
Meu lugar é no Estige!”
Então eu tento correr
Indo em direção ao monte
Minha pele começa a arder
Pelas borbulhas do Flegetonte
Tanta dor, não aguento, paro
E sinto um ardor flamejante
De repente, acordo e reparo
Foi um sonho, não sou Dante!