Suicídio
Os risos... todos mortos.
Sorrisos, um após o outro, foram abortados em seus úteros.
Há apenas gritos.
Sons disformes, aleijados, ensandecidos,
Asilados em cada uma de minhas lágrimas ou
No brilho estéril que me escorre os olhos.
Se houve alegria definhou a fome,
Onde sucumbi a sede a esperança.
O tempo talhou úlceras em meu corpo,
Sulcos em minha carne donde entoa acordes dissonantes de desespero.
Minhas veias, quais vales áridos e secos, são alamedas por onde trotam desolação.
E minha alma?
...
Nada que uma dentre as milhares de órfãs do silêncio a buscar o silêncio.