Insuportavel(mente)
( Da série POEMAS ENCARDIDOS )
Posso crer na água barrenta da gruta
Quando afunda a fronte em olheiras.
Posso crer na salgadura que devora
Toda o martírio que deflora o oceânico.
Posso crer na força bruta das geleiras
Que arranca lágrimas do coração vulcânico.
Posso crer na corrosiva urina etílica
Que queima matérias inteiras.
Posso crer na originalidade dos paradoxos
Compondo colossos de nevralgias.
Posso crer no arrependimento dos impuros
Ganhando ouro e outras regalias.
Posso crer na conspiração dos confrades
Cimentando sensibilidade nos desconjuros.
Posso crer no desaparecimento do horror
Pela via fecal de alguma espécie ou fraude.
Posso crer na curva do fundo do poço
Indicando o facínora que há no amor.
Finalmente,
Creio em forças que eu nem imagino
Só para parecer mais humano
Ainda que o plano seja vil e ladino!
( Da série POEMAS ENCARDIDOS )
Posso crer na água barrenta da gruta
Quando afunda a fronte em olheiras.
Posso crer na salgadura que devora
Toda o martírio que deflora o oceânico.
Posso crer na força bruta das geleiras
Que arranca lágrimas do coração vulcânico.
Posso crer na corrosiva urina etílica
Que queima matérias inteiras.
Posso crer na originalidade dos paradoxos
Compondo colossos de nevralgias.
Posso crer no arrependimento dos impuros
Ganhando ouro e outras regalias.
Posso crer na conspiração dos confrades
Cimentando sensibilidade nos desconjuros.
Posso crer no desaparecimento do horror
Pela via fecal de alguma espécie ou fraude.
Posso crer na curva do fundo do poço
Indicando o facínora que há no amor.
Finalmente,
Creio em forças que eu nem imagino
Só para parecer mais humano
Ainda que o plano seja vil e ladino!