PsicologiaS: discurso de uma aprendiz inquieta
Que ciência é essa que possui cheiros, rostos, visões?
Que ouve o improvável,
Que vê o impossível...
São vozes que vêm de fora e que invadem os pensamentos...
São vozes de dentro que despertam o sofrimento...
São espelhos que refletem uma imagem fragmentada.... Um corpo cindido...
São discursos de um REAL incoerente que traduzem verdades da alma.
Existe DOR! E a dor, aqui, tem voz, nome, identidade...
Variáveis controladas? Previsibilidade? Causa e efeito?
Um ‘VIVA’ a complexidade!
Louca desrrazão de histórias calcadas em leprosários, em naus com cargas insanas e com marcas indeléveis de segregação! Há conceitos pra ti?
Arrisco em rabiscos tímidos registrar a desrrazão como uma forma de funcionamento neste mundo de loucos.
Louca eu, louco você que tenta compreender a psique humana.
Na Psicologia a prepotência é sinônimo de fracasso porque induz ao reducionismo!
Ao contrário, a consciência da diversidade e da complexidade da vida coloca-nos face nossa própria limitação na tarefa de compreender o torna-se HUMANO.
A Psicologia é plural: são PsicologiaS!
A ciência da reconstrução!
Da arte que dá sentido a peças transformando-as em mosaicos, recortes de jornais, revistas, pinturas, musicais e escritos.
Um quebra cabeça... Um livro da vida sempre inacabado e sem pontos finais.
(Palavras escritas após colação de grau em Psicologia)