SUTILMENTE DESAPARECES...

Tu és infame criatura,
Intrusa, obtusa, que abusa
Sem credo, nem jura,
Talvez,  até perjura...

Deste meu vômito
Lançado no espaço
Pelo que sois, 
Ou, pelo que faço...

Deixo-te atônito, 
Iludido, perdido.
Onde tua covardia, irradia,
Lambenta, escorregadia...

Tuas forças, eu sugo, 
E,  a ti subjugo! 
Provoco-te, evoco-te
Em minhas preces...

Se te chamo, clamo,
Nem reclamo...
Te esmoreces, me esqueces 
E, sutilmente desapareces...

Tens medo dos teus segredos,
Te escondes, sutil criatura, 
Agarras a mim, sem postura,
Tu és covarde,
Que no inferno...ARDE! 



COMO FOSSE UM VAMPIRO
                                               Miguel Jacó

Se me julgas com tanta veemência,
E delegas a mim tantos defeitos,
É provável que tenhas consciência,
Da doçura contida nos meus beijos.

Te depravas assim em devaneios,
Mas aspiras ser rainha adorável,
Tu conheces a força dos teus seios,
Que encantam mesmo sem amamentar.

Se me faço de tonto, é estratégico,
Quero ver-te dominando este momento,
Tuas vestes já te fazem cadavérica,
O que te salva são os infames pensamentos.

Te comportas como fosse um vampiro,
A sugar-me as energias preciosas,
Mas de onde saem estas que tu tiras,
Brotam mais como uma mina fervorosa

Muitas vezes pronuncias o meu nome,
Invocando-me de forma insensata,
Mas na vida nem tudo mata a fome,
Te rejeito e não é por ser ingrato.

Os meus feitos se estampam num glossário,
Tem acesso quem se faça merecer,
Não preciso ter os modos de um otário,
Simplesmente para agradar você,
No inferno há de ter uma secretária,
E certamente haverão de contratar-te.

Bom dia Nana Okida, diante deste requintado poema narrando o que há de mais horripilante na trama poética, senti-me compelido A me deliciar com os versos, Parabens pelo seu magnífico poema, MJ.
Obrigada Miguel, vens com teus sábiosversos, trazer  luz aos meu singelo poema...Beijos!








Nana Okida
Enviado por Nana Okida em 18/05/2011
Reeditado em 18/05/2011
Código do texto: T2977036