te vejo
Em cada partícula
Das cinzas do meu dia
Te vejo.
Em cada estilhaço dos
Ossos do meu sonho opaco
Te vejo.
Em cada mordida
Que sangra o animal vida em meus dentes
Te vejo.
Em cada segundo
Que come estradas universal das minha luz
Te vejo.
Em cada deus
Obsoleto, cruel, sedento de adoração
Te vejo.
Em cada batalha, onde o visgoso rubro liquido se espalha
E os gritos de vítimas em agonias
Te vejo.
Então quando me entrego
Abaixo minha espada e curvo meus desejos a ti
Você foge.
Seria isso um amor
De negras ansiedades Noturnas
E desgraçadas mandeixas de sol?