Teu Jogo
Acorrentada pela perseguição do teu olhar
Me vi refém dos meus desejos desconhecidos
Em mim gritavam os sons incompreendidos
Daquilo que surgia sem eu mesma imaginar
Eram tuas súplicas a mim inconscientes
Tentando em desespero convencer o meu instinto
De que em teu corpo branco, delicioso labirinto
Arrancar-me-ia doces suspiros veementes
Foi quando abri os olhos e vi diante de mim
Tua face jovial e branda, porém insinuosa
Com sarcasmo no olhar e a boca desejosa
“Como pôdes me ganhar tão facilmente assim?”
Fiquei leve e sem rumo como uma folha ao vento
Dos teus lábios fiz meu êxtase particular
Entorpecida com teu beijo, me deixei levar
E fui incendiada, domada por teus movimentos
Ah... o sabor inebriante e vicioso da paixão
Inundando minha mente me faz até esquecer
Que aos teus encantos não poderei eu me render
Que limitada em meu peito será essa ilusão
Doce e amargo esse acordo imprevisível
Que dentro de sua perfidez me faz exclusiva
Desafia e me incita de maneira ofensiva
Me envolvendo ainda mais nesse jogo imprescindível...