Mitos
Alguém morre para que outros nasçam
Uma flor cresce para que tantas se envelheçam
É preciso dormir, para que todos acordem;
O sol desce para a lua linda surgir
Até que alguém se assuste
E se perguntando em devaneios
Se preocupe em saber porque tudo se movimenta
De forma linear e simples
Levando cada dia para a mesma aventura
Das perspectivas diárias da loucura
Assim se inicia a bagunça
Porque as coisas passam de lindas a feias
De certas a monótonas
E de vivas, simplesmente a mortas;
Desejos crescem para que a vontade padeça
Quase sem perceber refazemos o ciclo
Eliminamos uma coisa, para fazer reluzir seu oposto;
Libertamo-nos de uma prisão e estrangulamos o vento
O gostinho de liberdade construído sozinho
Que só se inicia quando esquecemos de viver
Até que de repente alguém grite!
E assim torna-se o melhor de todos, o ídolo;
Fazendo brotar no coração de todos a vontade de ideologia
Leva consigo a bandeira de liberdade cravada no peito
E vira mito.