NA CALÇADA
Sangue e vodca esporram a calçada,
crucifixo, adaga, velas e lágrimas,
misturam-se com a chuva que cai enguiçada.
apaga o fogo que encantava a noite amada
e desfaz a magia que ressoava musica alada
o negro céu que circunda a cabeça enevoada
é o mesmo céu que canta triste madrugada
recitando conjuras, heresias, anti-alma eldorada
a ultima estrela apaga
o primeiro raio aboba
o céu risca rente um arco-íris
enquanto agonizo na calçada.