Besta
Acelera o coração,
É um sinal de morte,
Pois viu de supetão,
Lançado à própria sorte,
Aquele, desfigurado,
Os olhos afiados,
Nariz afunilado,
E os dentes cerrados.
O vulto se aproxima,
Plana na escuridão,
Não parece andar em cima
Do solo, do chão.
Corre, foge da besta,
Sua frio, intensamente,
Não sabe que esta
É fruto de sua mente.