‡_____Cansei-me_____‡
Cansei-me,
Em ser um simples naco ignoto
De carne maltrapilha a qual s´esvaece
Qu´aos prantos, em seu ouvido desdenhoso
Causa-me o furor e a mi´alma enlanguesce
Cansei-me,
De compreender a surreal parte
Qu´enaltece a lufada por ti emanada
Teu silente pensar é uma obra d´arte
A qual trucida mias lacunas desesperadas
Cansei-me,
Desta barbárie chamada lida
Uma glosa de meus sentimentos reais
Disparate ladino que se chama vida
Tremenda megalópolis de pólipos surreais
Cansei-me,
De tentar comunicar-me de dúctil maneira
E assim, ser desventurado por teus rubros lábios
Tuas madeixas negrumes à mi´alma, despenteia
E tu´arrogância abandona-me aos sábios
Cansando-me...
Entrego-me...
Sequioso e maltrapilho espírito
Despido... enrustido...
Aos aduncos das falácias do destino!