MANTRA DE OBVIEDADES

MANTRA DE OBVIEDADES

Não há nada mais assustador que a realidade

Não há nada mais aconchegante que a realidade

Não há nada mais triste que a realidade

Não há nada mais libertário que a realidade

Não há nada mais rude que a realidade

Não há nada mais viril que a realidade

Não há nada mais sexy que a realidade

Não há nada mais irritante que a realidade

Não há nada mais empolgante que a realidade

Não há nada mais agressivo que a realidade

Não há nada mais terno que a realidade

Não há nada mais violento que a realidade

Não há nada mais doloroso que a realidade

Não há nada mais prazeroso que a realidade

Não há sentimento

Não há movimento

Não há nada

Não se sente no irreal

No irreal não se vive

Não se aprende

Não se valida a vida

Melhor sentir o cheiro da bosta

Afundado até o pescoço

Do que ter o perfume intocado das flores

Sem vê-las, sem senti-las

Imaginando ser a bosta

A flor