Veste arroxeada

Hoje uma veste fúnebre me foi dada

Um manto roxo e negro que encenei

Em atos de um quarto escuro sem nada

Nas raias da loucura que afoito procurei

Hoje um ato fúnebre foi minha morada

E nestas más cousas da vida me encontrei

Vi sinceridade na mórbida veste arroxeada

E me calei diante de faustos cantos que olhei

Hoje um homem velho me falou pausado:

“Onde habita teu orgulho antes ostentado?”

Não respondi, nem disse o que eu era agora

Seu tempo não é futuro é somente esta hora

Pleiteio novos enredos na veste fria tumular

E acho que assim sou menos e mais, sou o mar.

Lord Brainron

Para quem estava com saudades de meu lado mais sombrio... Lord B.

lordbyron
Enviado por lordbyron em 14/04/2011
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