Filosofarto

Não me ocorre quem nasceu com um breu

Que não se flash e num certo mexe

Saberá o que é seu

Tarde ou ainda mais tarde

Quem se retarde terá seu sonho jaz

Treme na vista do otimista, miragens pessoais.

Vejo não nego que não sou cego pras vistas do viver

Mas como um prego,

Às vezes me entrego à força pra querer.

Especialista, apago as pistas de quando estou zen.

Não reconheço meu endereço de homem de bem

Plácido, oculto, soturno.

Escuto certo vai e vêm.

Mas eu me calo.

Se não, me deparo com o que não convém.

Traço na chincha em mínima pinça rápida reação

Ao que eu não quero ver

Desembesto feito um garanhão

Este fenômeno

De fera autônoma ferozmente meu

Só me ocorre

Se me decorre que nasci com um breu

Nada nem ninguém ou todos...

Têm seu valor

Claro que alguém tem mais bens

Que o que nada tem

Seja... Como um veio, um aluvião,

Ágil... Como no mato um gato ladrão

Venha... Traga nos atos um ser coração

Viva! Para pensar alto sua opinião

Nunca! Jamais desista do seu quinhão.

Mesmo que em sua mesa já tenha um bilhão...

De idéias... De coisas...

De artes... De amores...

De dores... De gozos...

De pedras...

Demais?

Nunca será!