Medo da Aurora

Um novo atordoante começo

Balburdia, desencontro.

Eu falo para alguém

Que não pode me ouvir.

Alma e corpo se fazem um só

Íntimos amantes, concorrentes eternos.

As maledicências desde aurora,

Ferem fatalmente esta alma.

Alma que vaga sem rumo;

Sem destino

Alma e corpo se fazem um só.

Espírito atormentado,

O corpo reclama,

Ação desesperada

Se afaste de tudo

Abandone-se de tudo

Vá dormir em outra cama.

Se a mente não pensa,

O corpo padece.

De que então, me vale

Horas de lógica?

Por isso, suplicante eu peço

Emburreça este cérebro.

Petrifique este coração;

Mas nunca, nunca;

Fira com, a mesma ira

Com que me feriu.

John Harris
Enviado por John Harris em 29/03/2011
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