Raízes no mundo

Parar para pensar é parar numa estrada

Que não se conhece o destino final

Que é uma entre muitas de uma malha

Onde não se conhece ponto cardial

É mero exercício parar assim

Perda de tempo pensar, enfim

Antes, seguir célere

Apreciando a paisagem, enquanto se prossegue

Degustando as experiências

Ouvindo do íntimo as advertências

Sem que seja preciso abrir mão dos prazeres fortuitos

Na dinâmica medição automática dos obstáculos ocultos

Parar, só para descançar nalgum ponto bom da viagem

Mas com as amarras frouxas

Para com rapidez se fazer malas ou trouxas

Parar, só para descobrir meandros

Mesmo que algum anjo teime em lhe reter à força

E assim estimular amando ao lhe arrumar as roupas