Seja poesia loucamente laudada na insanidade
Seja poesia e tire dela o proveito
De quem lambe paredes e semeia caos sob os pés sangrando
Caminha lentamente sobre as aguas
E grita insistentemente para a flor que ja não ouve
E todo silencio agita a cidade
Contempla o cal liberto a pintura de tela a óleo
Frita-me pelo sol que me queima a face
Seca sob todas lagrimas o infinito
E chora como aquele que partiu
E deixou a caixa nivelada em segredos
E todos os mistérios foram descobertos
E terra abaixo desvendou minha ossada
E diz que a loucura é parte de minha insanidade
Se todo violão tocasse uma valsa triste
Chorava por entre campos a minha liberdade
Colocava fim nas histórias mal terminadas
E iniciava meu conflito em paralelas
Entreter-me ja não seria possivel
Se a vejo completamente nua sob o espelho
E em pedaços quebrava a sorte que não me pertencia
E toda morte era entendida
Como vida que me feria
Se toda ferida fosse curada
Pra que existir a noite sem meus dias