Seja poesia loucamente laudada na insanidade

Seja poesia e tire dela o proveito

De quem lambe paredes e semeia caos sob os pés sangrando

Caminha lentamente sobre as aguas

E grita insistentemente para a flor que ja não ouve

E todo silencio agita a cidade

Contempla o cal liberto a pintura de tela a óleo

Frita-me pelo sol que me queima a face

Seca sob todas lagrimas o infinito

E chora como aquele que partiu

E deixou a caixa nivelada em segredos

E todos os mistérios foram descobertos

E terra abaixo desvendou minha ossada

E diz que a loucura é parte de minha insanidade

Se todo violão tocasse uma valsa triste

Chorava por entre campos a minha liberdade

Colocava fim nas histórias mal terminadas

E iniciava meu conflito em paralelas

Entreter-me ja não seria possivel

Se a vejo completamente nua sob o espelho

E em pedaços quebrava a sorte que não me pertencia

E toda morte era entendida

Como vida que me feria

Se toda ferida fosse curada

Pra que existir a noite sem meus dias

Eder Marçal
Enviado por Eder Marçal em 23/03/2011
Código do texto: T2865300
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