INSANA (Reeditada)
Meus olhos caem,
doem de pranto.
A mascára da loucura era sana.
Do corpo carnal nada emana - sou bossal!
Boca suja do lixo, rasgo provérbios.
Improviso qualquer oração - Deus nenhum me ouviria mesmo!
Esqueci o metal - vil metal!
Não é preciso...
como sonhos dormidos
e bebo pesadelos.
Rabisco a areia da praia,
pixo o céu com blasfêmias,
derrubo estrelas com meus impropérios.
Embriagada de tédio
corro num carro velho atropelando a vida
e omitindo socorro.
Brigo com o vizinho,
prendo o passarinho,
chuto o cachorro
e morro...
morro de rir.