Absorver e Observar (sem nexo ou razão)

Observando e absorvendo,

e sorvendo,

um gole de brisa,

os doces olhos de Marisa,

que cativas doce,

o olhar sorrindo,

a nudez em público,

da boca úmida,

em tom vemelho,

de amor e sobriedade.

Sussurrava o vento,

fazendo promessas,

cantando a lua,

que pairava no azul celeste,

nua e crua,

como a realidade,

teimando em me acordar.

A noite grita,

por meio de tiros,

e sirenes,

e sorrisos,

e seres cambaleando,

pelo asfalto negro,

e eu em quarto de hotel,

com o laptop,

e sem sossego.

Salvem as criaturas!!!

salvem os seres,

salvem!!

Eles merecem,

aplausos, de pé.

Porquê?

Por ainda existirem.

Antônio Beatriz
Enviado por Antônio Beatriz em 17/03/2011
Reeditado em 17/03/2011
Código do texto: T2853386
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