A supremacia de uma miserável
A SUPREMACIA DE UMA MISERÁVEL
Voluptuosa! Deitou-se em minha cama.
O vinho na taça anuncia o desejo.
A noite, quase no fim,
Assiste ao resultado inusitado.
Um brinde final selou algo,
Que ainda não sei o que é.
Mas não hesitei em ser tragado
Por aquele grande furacão.
Às dez horas da manhã,
Ela levantou-se parecendo ter esquecido
O beijo que me levou ao seu íntimo,
Que muita gente imagina,
Mas não tem idéia de como seja.
Estive lá, no centro da terra,
Ah... Como é quente!
Me deleitei por apenas alguns segundos,
Mas pude perceber o encaixe perfeito
De dois corpos criados para o prazer.
É inevitável falar de sua saliência
E de suas ancas fortes
Que dão o júbilo da vida.
Desde cedo sonho com tanta beleza assim.
Somente um amor que tive no passado
Me levava à loucura.
Se entregava completamente, de roupa ou nua.
Quem sabe, agora, com esse anjo
De cabelos encaracolados, chegarei ao ápice, novamente.
Tenho sede daquele corpo.
Um conjunto perfeito
Pernas, quadril e peito;
Tudo confabulando para o pecado.
Agora, estou eu, aqui, ao seu lado,
Mas ainda não sei com que papel.
Se é de mediador de seus problemas,
Ou simplesmente um ouvinte.
Ou se é de homem...
Homem consumidor de seu produto.
Aonde tudo isso chegará... Não sei.
Só sei que é impossível prever o que há em sua mente,
Improvável, também, é não se render ao que há em seu corpo.