PLENITUDE DO NADA
Ah estes versos rotos,
esta poesia, Este presente em que agonizo,
Este implodir de meus edificios,
Estas palavras molhadas de chuva
Ou ardendo no sol,
Estes sentimentos lambendo noites,
Este arrastar-me pelo vento,
Este império de sentir,
Como rio comendo as beiradas dos barrancos da alma
Ah se os versos trouxessem o sol que se escondeu
E não o vazio do tempo
Talvez pudessem ao menos
Abrir os girassóis da alma.