Devaneios Psicotrópicos
Olho-me no espelho- sei quem sou...
Ao mesmo tempo em que não me conheço;
Aguardo minha alma fugitiva retornar
Com a recompensa que sempre peço.
No escuro, uma luz me irradia,
Deixando que eu me veja ( francamente)
Há tempos não sabia quem eu era,
Pois todos me chamavam de demente...
Essa minha demência é estranha:
Ela vem e se vai, por várias vezes,
Adentra as entranhas da minh’alma;
Me deixa sôfrego e depois me acalma.
E cá estou, em minha demasia,
Esperando eu mesmo retornar...
Essa é minha eterna recompensa,
Eu e minha amiga, Esquizofrenia...