1º Sonho Absoluto
Por trás do mundo possível
esconde-se o lamento duma voz inefável:
— Meu amor morreu ainda inocente...
Alguém contesta:
— Não, não morreu!
Anjo que não vejo há tanto tempo
desde que tomei por mim a prudência
de não mais volver o onírico
conte-me um pouco mais sobre meu algoz
— Não vê?! O amor é finito
em vida terrena
— Não vê?! A dor é precito
em jazer serena
Contemplo-te como uma rosa estendida ao âmago do torpor
Encaro-te como uma verossímil mentira – meu sincero pudor
Sonho! Onde voa meu Anjo?
(primeira e última recordação)
Ele também falha, o amor também cai...