1º Sonho Absoluto

Por trás do mundo possível

esconde-se o lamento duma voz inefável:

— Meu amor morreu ainda inocente...

Alguém contesta:

— Não, não morreu!

Anjo que não vejo há tanto tempo

desde que tomei por mim a prudência

de não mais volver o onírico

conte-me um pouco mais sobre meu algoz

— Não vê?! O amor é finito

em vida terrena

— Não vê?! A dor é precito

em jazer serena

Contemplo-te como uma rosa estendida ao âmago do torpor

Encaro-te como uma verossímil mentira – meu sincero pudor

Sonho! Onde voa meu Anjo?

(primeira e última recordação)

Ele também falha, o amor também cai...

Lucas V Oliveira
Enviado por Lucas V Oliveira em 03/03/2011
Reeditado em 19/05/2012
Código do texto: T2825464
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