Desabafo do inconsciente
Seria mais fácil nos empoeirar numa velha estante
E receber ares secretados em esquecimento,
Do que ver a vida passar assim... tão confusa
E, ao mesmo tempo, tão despreocupada.
Sou louco ou perdi o sabor da vida?
Pareço estar sem propósito; sem ideais...
Pareço estar flutuando nesse mar imenso de ideias...
Descobrindo-me e esquecendo-me a cada instante;
Sendo, insistentemente, apenas EU!
Ah... Esse EU!
Chego a conclusão de que menos valia tenho, do que esse pó que em mim existe e me rouba.
Não tenho, senão, o peso da minha indagações
E o silêncio do abandono.
Tenho apenas... Ah!