Inquietação
Que faz mudas palavras escondidas
Sem som, ouvindo a que destino
Calado, o mundo em tom emudecido
Carregado, o imaginário infindo reprimido...
Sentimento de um brado recluso
Entranhado, torna o silêncio difuso
Perdido, sufoca em árido deserto
Abafo que impede o sonoro confuso.
De ímpeto, quebrar o marasmo intrigante
Emanados, ruídos avançam em turbilhão
Separam sentimentos outrora dormentes
Faz notar-se, uno, em plena inquietação
Só, voz que ecoa vasta a aflição
Evolve a surdez pulsante, ora premente
Renasce estrondo o som demente
Conecta melodia real à ilusão