"LIBERDADE ARTERIAL"

Quis derramar meu próprio sangue

E vê-lo empoçar-se no chão,

Admirar seu intenso rubror

Após alforriá-lo de minha subjugação,

Abolir seu insalubre trabalho

De uma monótona circulação,

Não mais embriaga-lo na minha mente

Nem mais desvirtua-lo no meu coração,

Liberta-lo de seu cárcere arterial

E ver meus pulsos conduzi-lo a liberdade

E sentir calafrios e tontura

Por se esvair minha pulsação.

28/10/06

Denis Almeida
Enviado por Denis Almeida em 03/11/2006
Reeditado em 20/05/2009
Código do texto: T281552
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