"LIBERDADE ARTERIAL"
Quis derramar meu próprio sangue
E vê-lo empoçar-se no chão,
Admirar seu intenso rubror
Após alforriá-lo de minha subjugação,
Abolir seu insalubre trabalho
De uma monótona circulação,
Não mais embriaga-lo na minha mente
Nem mais desvirtua-lo no meu coração,
Liberta-lo de seu cárcere arterial
E ver meus pulsos conduzi-lo a liberdade
E sentir calafrios e tontura
Por se esvair minha pulsação.
28/10/06