Parar o tempo!

Quando eu morrer,

não me ponhas flores,

nem arranjes quatro tábuas,

para me fechar lá dentro,

lugar onde ficarei,

certamente, em tormento!

Quando eu morrer,

não vertas lágrimas de dor,

não me arrastes em quatro rodas,

numa velocidade parada,

fingindo levar-me a passear!

Quando eu morrer,

não abras buraco no chão,

nem deites terra infrutífera,

neste meu corpo doente,

e que nem já nada sente!

Deixa o meu espírito espreitar,

para que este possa, ao seu jeito, voar...

Quando eu morrer,

escreve o melhor poema,

integra nele a palavra amar,

deixa que o vento o leve,

e eterniza de uma vez,

esta vontade que tenho,

de fazer parar o tempo!

Vénus Ad Extremum
Enviado por Vénus Ad Extremum em 24/02/2011
Reeditado em 01/11/2011
Código do texto: T2812628
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