° 'conjugava-te ENTRE as pernas' °


Madrugada brincava com palavras derramadas sobre a cama.
Velava advérbios de tempo, adjuntos adnominais e sujeitos ocultos.
E assim, do lençol vertia o sangue que era de mim...

Era um pincel, era uma tinta, era o poema.

Rimas rotas pintando e lambendo tuas pintas diariamente.
E junto a cafés e gim, conjugava-te entre minhas pernas: DENTRO DE MIM!
Meu cheiro esparramando pelo céu da tua boca.
Tua pele delicadamente grafada com a ponta de meus seios rijos.

EU, tua bruta flor. TU, de todas, o sublime amor! 

Na graça de fazer-me gostosuras, depositavas litros de escolhas.
Molhavamo-nos em pêlo, em meu mundo de gente pequena onde eras só meu.
Até que permiti ao dia chegar, na dor do medo de viver amor sem gosto.
Então abocanhada, a noite tornou paixão vazia, rimada, fria.




Motivada pela paixão d´antes, cá estou, no mesmo lugar:
- entre minha solidão, sozinha ou a dois.

la u ra
Enviado por la u ra em 24/02/2011
Reeditado em 24/02/2011
Código do texto: T2812536
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