Chuva Jorrada
A chuva
Ferrenha
Não para
Que
Brada
Urra
Que chama
A velha de puta
A velha louca
Maluca
E toca o rosto com frescor.
A velha que fala
Dá tapa na cara
Que passa e repassa
Madrugadas de dor.
A terra
Molhada
Da bela jorrada
Feito vagina
Em noite de amor.
O louco
Blasfemo
Que não agüenta
Toda essa gente
De papo furado
De sapato furado
Calcinha furada
Vestido rodado
Lixo dourado
E alma de rico.
Esse bixo
Animal vegetante
Porco e mero vagante
Deste mundo infantil.