NEGRA LUA...
A cidade dorme,
eu não
os vultos que meu quarto consome,
são sombras da solidão.
Estrelas brilham sem força
não iluminam a noite
nua,
lá fora as lâmpadas
lutam contra as trevas
que envolvem a rua.
Pirilampos urbanos,
mariposas sem lei...
vislumbram ao cultuar
a fraca luz.
Dança ébria
que ao fim reduz.
A face negra da Mãe Lua,
traz o medo a cidade,
solidão, realidade nua
e crua...