Veneno.
Palavras sobem degraus perigosos
Onde os pés escorregam facil.
A inveja vem caminhando em sua seda nova.
Mente vazias viram-se para corações já conquistados.
Há um chiado.
Um chiado forte na cabeça.
Tambores retumbam no fundo de um coração
E sou capaz de sentir o ódio,
No mais puro de sua essência.
Amores e amigos já não faço questão
Nos dias de tempestade
Atiro raios contra as nuves de algodão.
Com um revolver e um cajado
Cuspo em faces despreziveis.
Com uma mão pede-me a amizade
Com a outra alisa a quem amo.
Dêi-me agora motivos
Pra não assola-lo com meus feitiços
E meu olhar mortal.
No amor e na guerra
Não se mede o mal.
Enjoa-me até tua mera mensão.
Falsidade.
Falsidade e tramas
Da mente á um coração.
Há uma perdição
Esperando-te em meu olhar
Uma mão prestes a atacar
Meus lábios,
Prestes a te cuspir.