A SINA DA RIMA

A sina da rima,

Produção de pensamentos,

Anima e fascina,

Pela emoção dos sentimentos.

Quem nunca escreveu,

Não sabe o que perde,

Jamais aprendeu,

Que o amor não se pede.

Tenho a impressão,

Que as frases assumem vidas,

E a sensação,

Que podem curar as feridas.

Causadas pela desconfiança,

Que anestesia a lucidez,

Se usados com esperança,

Os versos tocam na palidez,

Do raciocínio que está em coma,

E injetam o antídoto,

Que é chamado de: Soma.

Soma? Exatamente,

Pois é formado conjuntamente,

Por: letra, razão e mente,

A composição e a bula estão em sua frente,

Basta saber ler.

A rima é a sina,

Que causa satisfação e simetria,

Em papel ela atina,

No ponto exato das manias,

De sentir-se indigno para a felicidade,

De ter medo de amar, e de abraçar,

De sentir-se a síntese da inutilidade,

De sentir prazer em chorar.

Pois bem. O presente poema tentou,

Deixar-te pensativo,

Escolheu um bom tema e falou:

Tens ainda mágoas contigo?

Seja seu amigo,

Não seu juiz,

Errar não é o maior perigo,

Cada um é aprendiz,

Pois seu maior inimigo,

Você não confessa e nem diz,

Mas carrega consigo.

Não seja o algoz,

De sua própria condenação,

O remorso é feroz,

E mais fraco do que a razão.