Insanidade poética

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Púbis de aço

Dilacerando corações

Ouvindo cânticos de cansaço

Vidros em pedaço

Ouvindo belas virtudes em fiasco

De fotos envelhecidas em cidades perdidas

Absurdo abundante

Fortunas depravadas

Travadas a esmo

Linha tênue dividindo espaços

No espaçamento de amebas tristes em decomposição

Compondo solos tristes de opera

Operando criaturas anomalias distantes

De monstros que mostram o próximo se desmontando

Em montanhas gigantescas

Onde o frio queima fogos de artifício pela imensidão

Astros e estrelas explodindo

Corrompendo o que estava unido

Desvencilhando as lanternas acesas

Apagadas sob persuasão

Solando torpor

De bisturis carcomido de fantasias

De alucinações reais

De textos sem sentido

Em sentinelas das janelas abertas

Regurgitando canções de pássaros

Sem afinação no fim

Bifurcando a saudade

Símbolo fálico de estratégias

Vencidas

Eder Marçal
Enviado por Eder Marçal em 13/02/2011
Reeditado em 31/03/2017
Código do texto: T2790091
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