PÂNICO
De repente,
o ambiente se modificou,
do prazer , fez-se a dor;
do rubor, a ausência de cor;
da tranqüilidade, o temor;
da secura, fez-se o suor.
O coração "disparou",
a respiração tornou-se ofegante,
o ar, faltou...
Angústia, "aperto no peito",
a morte fazendo-se eminente,
ser o ser.
O medo travestiu-se de pavor,
em poucos segundos...
Racionalizei! Ponderei!
Conversei com o meu "eu" mais profundo,
sai da crise aguda,
percebi-me crônica.
Entristeci-me!
Acreditava-me curada...
Não estou!
Ainda sou impotente,
mesmo que momentaneamente,
frente aos moinhos de vento,
aos fantasmas interiores,
que assombram quando e porque querem,
e contra os quais, parecem não existir vitórias permanentes,
pelo menos por enquanto...