PÂNICO

De repente,

o ambiente se modificou,

do prazer , fez-se a dor;

do rubor, a ausência de cor;

da tranqüilidade, o temor;

da secura, fez-se o suor.

O coração "disparou",

a respiração tornou-se ofegante,

o ar, faltou...

Angústia, "aperto no peito",

a morte fazendo-se eminente,

ser o ser.

O medo travestiu-se de pavor,

em poucos segundos...

Racionalizei! Ponderei!

Conversei com o meu "eu" mais profundo,

sai da crise aguda,

percebi-me crônica.

Entristeci-me!

Acreditava-me curada...

Não estou!

Ainda sou impotente,

mesmo que momentaneamente,

frente aos moinhos de vento,

aos fantasmas interiores,

que assombram quando e porque querem,

e contra os quais, parecem não existir vitórias permanentes,

pelo menos por enquanto...

Fernanda Maria
Enviado por Fernanda Maria em 01/11/2006
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