Vida Vadia

Ele costumava bater na cara dela

A xingava de nomes baixos.

A maltrava e a jogava na cama

Tentava fazer amor com ela,

Mas ele estava certo:

Ela era uma vadia!

Não prestava,

zombando da cara dele

Se esfregando em bares sujos

Humilhando-o na frente de seus amigos.

Suja desprezivel!

Agradava aos outros

Mas fudia com ele que a queria.

Ele pensava em cuspir na cara dela

A gritar para todos como ela era cretina.

Chutava a cara dela

E estava certo por isso

Porque se seus pés não a surrasem

Ela os puxaria.

O derrubaria de cara no chão

Como um grande trouxa que ela o fazia parecer.

Pro inferno.

Ele a mandava.

Mas sem vergonha que era

Ela sempre estava atrás dele.

Disposta a nunca deixa-lo ser feliz

A nunca conhecer o amor de verdade.

E por mais que ele a amasse

Não podia mais aceita-la.

Ela o enganaria de novo.

Não prestava! Não prestava!

Tinha olhos de cigana,

Obliqua e dissimulada.

Era uma Capitu mais ousada

Mais safada.

Mais cretina.

Ele cuspia na cara dela.

De tão vadia que era.

Ele dava tapas na cara da vida.

Sim.

Vida vadia, a sua era!

Caroline Mello
Enviado por Caroline Mello em 13/02/2011
Reeditado em 13/02/2011
Código do texto: T2788899