Vida Vadia
Ele costumava bater na cara dela
A xingava de nomes baixos.
A maltrava e a jogava na cama
Tentava fazer amor com ela,
Mas ele estava certo:
Ela era uma vadia!
Não prestava,
zombando da cara dele
Se esfregando em bares sujos
Humilhando-o na frente de seus amigos.
Suja desprezivel!
Agradava aos outros
Mas fudia com ele que a queria.
Ele pensava em cuspir na cara dela
A gritar para todos como ela era cretina.
Chutava a cara dela
E estava certo por isso
Porque se seus pés não a surrasem
Ela os puxaria.
O derrubaria de cara no chão
Como um grande trouxa que ela o fazia parecer.
Pro inferno.
Ele a mandava.
Mas sem vergonha que era
Ela sempre estava atrás dele.
Disposta a nunca deixa-lo ser feliz
A nunca conhecer o amor de verdade.
E por mais que ele a amasse
Não podia mais aceita-la.
Ela o enganaria de novo.
Não prestava! Não prestava!
Tinha olhos de cigana,
Obliqua e dissimulada.
Era uma Capitu mais ousada
Mais safada.
Mais cretina.
Ele cuspia na cara dela.
De tão vadia que era.
Ele dava tapas na cara da vida.
Sim.
Vida vadia, a sua era!