Atemporal.

Queria um cano longo que calasse meus pensamentos

Uma bala de confete silenciosa

Fria como a noite.

Se nas palavras de amigos não se encontra confiança

Que venha a festa, os fogos, a dança....

O silêncio dos inocentes.

Exausta de cinucas

De rodas gigantes que levam sempre ao mesmo lugar.

Cansada de amar.

Raiva as vezes cai bem.

Com um suéter novo e sapatos oxford

Uma faca fria e a menina de meus pesadelos na minha frente.

O diabo não era Eva, o diabo era a serpente.

As vezes deveriamos expelir venenos

Dos mais mordazes, mais frios, dos mais cruéis.

Eu bem que poderia te oferecer o pão que o diabo amaçou.

Um xícara de chá ou uma boa dose do meu ódio por você?

Ele é a sementinha que você faz crescer.

Quem achou meu amor sincero, não provou da minha amargura.

Estique seu braço, me passe a agulha.

Vou marca em você o que eu queria fazer

O que eu com certeza faria, no auge do meu desprezo total

O que eu adoraria fazer, se fosse real.

Caroline Mello
Enviado por Caroline Mello em 12/02/2011
Reeditado em 21/07/2011
Código do texto: T2786996