Amor sem norte!
O amor que nunca tive,
passou-me à porta de mansinho...
Era já madrugada,
viram-no passar, meus olhos, velhinhos!
O amor que nunca tive,
rasgou memória minha...
Deixou já saudades futuras
porque fugaz ele vinha!
O amor que nunca tive,
foi concreto e preciso!
Não quis ser incomodado,
não acreditou com juízo!
O amor que nunca tive,
assim nascido, já, sem sorte...
Deixou escrito na porta
que o seu caminho, não era o norte!