ALÉRGICO

Quando pego num livro poendo

Meus olhos incham e o nariz fere.

Uma alergia infernal,

Um livro poeirento, sujo, fedendo...

E nesta hipersensibilidade estulta

Incomodado meu nariz espirra,

Jorrando um catarral nojento.

Que fadiga horrível! Que alergia doida!

Com esta agonia lastimosa

Minha garganta inflama,

Meu rosto aclama,

Meu nariz empola e implora.

E numa tenebrosa alergia, alérgico.

Espalha pelo chão espirros cheios de repugnância,

De ódio, de males, de merdas...

Um suspiro de trevas, alérgico. Alergia a poeira.

Felekeche
Enviado por Felekeche em 10/02/2011
Código do texto: T2783220
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